Luares de antigos temores
dos filhos de seus descendentes
dos deuses dos raios noturnos
surgiram efeitos cedentes.
De amores então contemplados
sob o luar imponente
surgiu o filho da Lua
banhado na luz complacente.
Amado de Zeus , de Posseidon
carinho obscuro de Ártemis,
o filho da Lua tornou-se
a bênção dos homens de carne.
Cuidado e quimera em zelo
trazidos ditames de outrora
pareciam enredar os desejos
da inveja dos filhos de agora.
Não foi a lança a ferir-lhe,
não foi o fogo a queimar-lhe
foi o coração já banido
que o fez desfazer-se em pedaços.
Pedaços da alma tão pura
singela e repleta de afagos
que por vezes inebriava
o brilho da Lua de fato.
Do néctar dos deuses
quimeras de além mar
restaram apenas lembranças
de um elo a se procurar...
Do filho da Lua restou
o penar de seus últimos dias
as gotas brilhantes do choro,
da angústia por ele sentida.
Os deuses penderam-nas todas
no céu tão escuro e profundo
e as lágrimas do filho da Lua
refletem hoje as dores do
mundo...