quinta-feira, 17 de abril de 2014

REMÉDIO



Talvez fosse falta de afeto
Talvez fosse um tiro no peito
um corromper devaneios
que dilacerou todo o resto.
Ou mesmo uma bruma de orvalho
quem sabe pequenos retalhos...
Ela não tem mais registros
não ouve nem sente mais nada.
É como se fosse uma corda
solando seu réquiem pausado
nota, nota, repetida ao acaso.
Esse emburrecer tem prazo
meta.
Ela esconde o que pensa
mas sabe
que é só por um tempo.
Logo já é hora do remédio.


Daniela Reis


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