domingo, 1 de julho de 2012

LABIRINTO

Um labirinto íngreme
nos caminhos do meu coração
desfaz as paredes imensas
e as crateras que tão extensas
anseiam o fulgor da paixão.
Como um brinquedo inanimado
num canto pegando poeira
moldado à meus caprichos
sem opinião nem cadência,
és apenas alguém sem memórias
sem talentos
nem amigos.
Por fazeres de mim teu pilar
por me veres como algo a alcançar
por quereres que minh’alma esquecesse
da mente que quer navegar
fostes a imagem retida
num elo distorcido de amar.
Como um brinquedo puído
já sem mais nenhum atrativo
estiva-me o espírito lento
querendo-me sem nenhum sentido.
Num labirinto íngreme
das paredes do meu coração
remetendo aos enlaces vindouros
das veias da poesia em canção
tentas reconquistar-me
tentas novamente encantar-me...
Mas como um brinquedo inanimado
num canto pegando poeira
permaneces em meu peito escondido
sem nenhum sentimento profícuo
nem reminiscências...
Apenas fica ali
comigo a ser teu pilar
com teu sentir obsessivo
e teu riso a me perturbar....
Pena não conheceres os caminhos
do sentir de meu coração
pois as chaves não estão escondidas
são duelos gritantes da razão.

Daniela Reis









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