Um labirinto
íngreme
nos caminhos do
meu coração
desfaz as
paredes imensas
e as crateras
que tão extensas
anseiam o fulgor
da paixão.
Como um
brinquedo inanimado
num canto
pegando poeira
moldado à meus
caprichos
sem opinião nem
cadência,
és apenas alguém
sem memórias
sem talentos
nem amigos.
Por fazeres de
mim teu pilar
por me veres
como algo a alcançar
por quereres que
minh’alma esquecesse
da mente que
quer navegar
fostes a imagem
retida
num elo
distorcido de amar.
Como um brinquedo
puído
já sem mais
nenhum atrativo
estiva-me o
espírito lento
querendo-me sem
nenhum sentido.
Num labirinto
íngreme
das paredes do
meu coração
remetendo aos
enlaces vindouros
das veias da
poesia em canção
tentas
reconquistar-me
tentas novamente
encantar-me...
Mas como um
brinquedo inanimado
num canto
pegando poeira
permaneces em
meu peito escondido
sem nenhum
sentimento profícuo
nem
reminiscências...
Apenas fica ali
comigo a ser teu
pilar
com teu sentir
obsessivo
e teu riso a me
perturbar....
Pena não conheceres
os caminhos
do sentir de meu
coração
pois as chaves
não estão escondidas
são duelos
gritantes da razão.

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