quinta-feira, 19 de abril de 2012

SERENO


Das flores que outrora eu vi
das águas nas quais refleti
vi meu rosto transmutado,
minhas mãos de novo em agrado
as luzes do céu anil
agora acariciam suavemente
as águas puras do rio...
Carícias deveras sentidas
pelo orvalho das paragens
pelo sereno da noite
pelo corpo então suado.
Carícias reveladoras
do amor mais benevolente
do sentir das nuas verdades
do querer,só querer somente...
Das flores que outrora eu vi
das águas nas quais refleti
restou um amor tão puro
que de mim não pode sair,
estreita-se em puro deleite
percorre-me o corpo
e a mente
desvia-se das angústias
desvia-se do passado...
Apenas sente...
Aconchega-se em meu peito
e ali fica,
permanece,
e sente...

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