terça-feira, 3 de abril de 2012

A VALSA DAS ROSAS


Na valsa das rosas no inverno,
prostradas por medo do frio
encolhem-se olhando ao redor
buscando encontrar seu brio...
As rosas não temem segredos,
as rosas desprezam apegos...
Dançam... Apenas dançam...
Rodopiam, alegram, riem:
Se cansam...
Mas rosas no inverno aquietam,
enjoam,
desencantam:
No alvorecer do dia se espantam...
Mais um dia sem calor, sem primavera,
mais um dia a rejeitar suas quimeras.
Rosas só sentem,
em mais de um dia surpreendem.
Quando vêem já foi... Passou...
E no inverno o frio já cessou.
Sua valsa em novo tom
já mais faceiro
que enrubescendo dá às flores novo anseio...
Pois a girar seguem assim:
Sem mais ter fim, a suspirar...
E esquecendo do inverno e a displicência
em sua dança brota amor num novo amar.

Daniela Reis



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